quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Impressões digitais: Sublimação do Iodo

Na próxima aula vamos realizar a segunda experiência do nosso trabalho com o intuito de revelarmos as impressões digitais mas, desta vez, vamos usar a sublimação do iodo.


O iodo é um não metal do grupo que pertence ao grupo dos halogéneos (situados no grupo décimo sétimo da tabela periódica) e é o menos reativo e eletronegativo de todos os elementos do seu grupo. É um sólido negro e lustroso e com leve brilho metálico. Apresenta como caraterística a sublimação, ou seja, a passagem do estado sólido diretamente para o estado gasoso. Para que haja esta mudança de estado, o iodo precisa absorver calor e este calor pode ser, por exemplo, o do ar que expiramos ou até mesmo o calor de nossas mãos direcionado sobre os cristais. O vapor de iodo apresenta uma cor violeta e, quando está em contacto com a impressão digital latente, forma um produto de coloração acastanhada. O vapor interage com a impressão digital latente através de uma absorção física, não havendo reação química. Esta técnica é utilizada geralmente quando a impressão digital latente encontra-se em objetos pequenos. Uma vantagem que esta técnica tem em relação às restantes, como a do pó, é que ela pode ser utilizada antes de outras sem danificar a impressão digital latente. A destruição da impressão digital latente pode ocorrer após o uso de um produto fixador que evita os cristais de iodo sublimarem novamente da impressão digital.

O índice de iodo de um óleo ou de uma gordura representa a massa de iodo, expressa em gramas, que se adicionam a 100 gramas do óleo ou gordura considerados. O índice de iodo indica o grau de insaturação (há ligações duplas ou triplas) do óleo ou gordura, considerando que o iodo reage com as ligações duplas ou triplas, saturando as ligações (ligações simples); verifica-se que quanto maior o grau de insaturação, maior será, proporcionalmente, o índice de iodo e reciprocamente, quanto maior a quantidade de iodo adicionada, maior o número de ligações duplas quebradas.
O inconveniente da revelação de impressões papilares com vapores de iodo é que elas são transitórias, razão pela qual devem ser utilizados fixadores de iodo.




Até à próxima visita!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Primeira expêriência: Marca de uma impressão digital retirada com vários pós

Material:

                                                   Procedimento Experimental:
Procedimento 1
  •  Marcou-se o gobelé com as impressões digitais;
  • Retirou-se os pós com a ajuda de uma espátula
  • Espalhou-se pós em cima da placa e do gobelé;
  • Removeu-se o excesso de pó com o auxilio do pincel e/ou algodão;
  • Colou-se fita-cola sobre as impressões digitais;
  • Colocou-se a fita-cola com impressões digitais sobre uma folha branca.
Procedimento 2
  • Passou-se o dedo pelos pós; 
  • Colocou-se fita-cola sobre a marca do dedo que continha o(s) pó(s); 
  • Retirou-se a fita-cola com a impressão digital e colou-se a mesma numa folha;

Resultados Obtidos:

Resultado obtido após realização do procedimento 1
Resultado obtido após realização do procedimento 2

Conclusões:

Como podem observar através da imagem colocada anteriormente, referente ao procedimento 1, a primeira fase da atividade laboratorial revelou-se inconclusiva, uma vez que as impressões digitais eram recentes e apresentavam como fator principal a água e, por isso, parte das nossas expectativas não se concretizaram, pois não conseguimos ver a impressão digital que tínhamos marcado no gobelé.

O facto da impressão digital apresentar água impossibilitou a obtenção de resultados na experiência, porque o pó de carvão (e os outros dois pós) aderiu à água o que levou à impossibilidade de remover o excesso deste pó com o pincel. Se os elementos do nosso grupo tivessem deixado a impressão digital secar, a água teria evaporado dando lugar aos compostos oleosos, deste modo, o pó de carvão, o pó de óxido de cálcio e o pó de óxido de ferro III não aderia com tanta facilidade aos compostos oleosos o que nos permitia remover o excesso de pó obtendo, assim, as marcas da impressão digital. 

A segunda fase da atividade laboratorial revelou-se conclusiva, uma vez que utilizamos fita-cola que permitiu remover o excesso do pó de carvão, do óxido de cálcio e do óxido de ferro III que tinha aderido à água. Deste modo, ficamos com a marca da impressão digital na fita-cola e conseguimos ver alguns constituintes de uma impressão digital, tais como estrias e arcos que formam a impressão digital. 
Assim, podemos concluir que a água dificulta a revelação das impressões digitais.

Extras:

Dois dos pós que usamos nesta experiência, como já referimos anteriormente foram, o óxido de cálcio e o óxido de ferro III.
O óxido de cálcio deriva da decomposição de materiais, como o calcário, que são compostos por carbonato de cálcio (CaCO3).
CaCO3 (s)→CaO (s) + CO2 (g)

O óxido de ferro III é um produto resultante da oxidação de ferro que se pode traduzir na seguinte equação química:

4 Fe (s) + 3O2 (g) → 2 Fe2 O3 (s)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Impressões digitais: a técnica do pó

Nas últimas aulas andamos a investigar sobre um capítulo do nosso trabalho que iremos partilhar convosco que são as impressões digitais. Deixando-vos um pouco de teoria: uma impressão digital é o desenho formado pelas papilas, ou seja, elevações da pele presentes nas polpas dos dedos das mãos, que é deixado numa superfície lisa. As impressões digitais são únicas em cada individuo. Esta caraterística, chamada por unicidade, fizeram (e fazem) das impressões digitais uma forma de identificação de pessoas. A impressão digital apresenta pontos caraterísticos e formações que permitem a um perito identificar uma pessoa de uma forma bastante confiável. 

Curiosidade: Sabiam que a primeira utilização de uma impressão digital para prender e condenar um criminoso ocorreu na França, em 1902?

Na próxima aula vamos realizar a primeira atividade experimental sobre o nosso tema, o que vai envolver a técnica do pó. Sobre esta técnica podemos-vos dizer que é utilizada quando a impressão digital se encontra numa superfície que permita a obtenção duma cópia da mesma, ou seja, numa superfície lisa. Esta técnica baseia-se sobretudo nas caraterísticas físicas e químicas do pó que se utiliza, no instrumento aplicador do pó e, sobretudo, no cuidado e habilidade do perito que realiza a extração da impressão digital. Alguns dos fatores que também devemos ter em conta são o facto de a impressão digital ser recente ou não e, também as propriedades do local de onde vamos recolher a impressão digital.
  • A aplicação do pó deve ser feita com o auxílio de uma escova ou um pincel fino;
  • Dependendo do perito que realiza a recolha da impressão e, também do procedimento que segue, podem ser utilizados diversos pós específicos: pós brancos (ex: giz, óxido de cálcio,etc.), pós pretos (grafite, carvão vegetal,etc.), entre outros (pó de alumínio, óxido de ferro,etc.);
  • Os fatores que influenciam a eficácia dos pós usados para este processo são a finura, a adesão, a sensibilidade, a cor e o fluxo;
Até à próxima visita!